Faz tempo que a tecnologia tem avançado — `as vezes de forma até aparentemente ameaçadora — diante dos olhos dos adultos de mais idade. Eles foram testemunhas do pouso da nave Apollo 11 na Lua e, desde então, assistiram aos mais dramáticos avanços da medicina, sem falar do surgimento da sociedade Internet-dependente. Durante o processo, puderam ainda ver de perto como a tecnologia está mudando a vida de quem envelhece em nossos dias. Prova disto são as cinco soluções tecnológicas descritas a seguir. Elas permitem que possamos envelhecer de maneira mais saudável, segura e socialmente conectada, enquanto tornam menos estressante o trabalho de familiares responsáveis pelos cuidados para com essas pessoas.
1. Redes Sociais – Os “chats” e outros recursos colocam os idosos em contato com pessoas queridas a longa distância.
Uma pesquisa desenvolvida pela instituição americana UnitedHealthcare’s com idosos centenários concluiu que o fato destes estarem engajados socialmente é tão importante quanto serem saudáveis por razões genéticas ou por se manterem fisicamente em boa forma.
Se é verdade que a tecnologia não tem o mesmo poder que se encontra no relacionamento cara a cara entre pessoas, entretanto os serviços de video chat, como o Skype, ou os canais de comunicação como o e-mail e as chamadas mídias sociais, podem suplementar interações sociais quando as visitas de amigos ou familiares não sejam possíveis ou se mostrem pouco frequentes. Além disso, os seniores podem sempre pedir auxílio técnico a profissionais ou amigos, ou mesmo a algum neto sabido, para tornar viaveis suas mensagens e pesquisas no computador.
2. Segurança – Seniores que vivem sós pedem ajuda ao apertar um botão.
Com muita frequencia, as pesquisas mostram que entre 80% e 90% dos idosos preferem viver em sua própria casa. Nesses casos, uma série de soluções tecnológicas torna essa opção mais segura para eles — e para quem, a certa distância, se preocupa com seu bem- estar. Existe nos Estados Unidos, por exemplo, um dispositivo a que deram o nome de PERS — sigla em inglês para Sistema de Emergência de Comunicação Pessoal, que todo idoso que vive só deveria ter. Ele permite que seu usuário chame por ajuda simplesmente ao apertar um botão.
Segurança também é a grande preocupação em relação a idosos que sofrem de Alzheimer ou de outras demências, especialmente quando eles são dados a deambular. Alguns aparelhos de GPS, nesses casos, são bem úteis no monitoramento e localização desses pacientes.
3. Exercício – Os videogames colocam corpos e mentes em movimento.
Muitas clínicas e serviços de assistência já reconheceram os benefícios mentais e recreacionais dos videogames do tipo Nintendo ou Wii para idosos. Eles permitem que estes se engajem em atividades físicas moderadas no conforto de suas próprias poltronas domésticas. Para se exercitarem mentalmente, os idosos poderiam tentar jogos como o Tetris (para reconhecimento espacial), Trivial Pursuit (memória) ou Mahjong (memória e encaixe).
4. Controle da medicação – App em smartphone evita erros e esquecimentos
Muitos seniores acham difícil administrar a própria medicação. As razões são claras: de acordo com uma pesquisa realizada em 2009, mais da metade dos idosos pesquisados disse que toma diariamente pelo menos cinco medicamentos, em horários e com dosagens diferentes. Outros 25% afirmaram tomar até entre 10 e 19 remédios por dia. Caixinhas para pílulas ajudam, mas soluções tecnológicas que também “lembrem” a hora certa de tomar o remédio são de grande valia quando há a necessidade de se adequar ao complexo esquema previsto nas prescrições.
5. Ferramentas – Recursos online facilitam o acesso a informações sobre o paciente.
Softwares em smartphones e informações médicas arquivadas em nuvem são muito úteis para idosos e seus familiares. Esses dados fornecem informações como histórico médico, contatos dos profissionais consultados, medicação receitada e situação de saúde do paciente, apresentada de forma organizada e de fácil consulta.(Sebastião Aguiar)