About sebastiaoaguiar

Newsman and Writer My career in Journalism has led me to increasingly specialize in editing and writing for some of Brazil’s major nationwide newspapers and magazines issued from São Paulo and Rio de Janeiro. In about 50 years in the press area, I have been a reporter, a copydesk, editor, senior editor and editor in chief, as well as public relations, press agent, media official to the State of São Paulo and the Federal Goverment, author and ghost writer to officials and other authors. Throughout these years I have been lucky enough to travel to many places, since I was the travel editor for Folha de S. Paulo newspaper for more than three years, and the press chief in Embratur, the federal bureau for the travel industry in Brazil, not to mention many other media vehicles I have worked for.

Pandemia deve agravar preconceito contra os mais velhos no trabalho

         A discriminação por idade já era um problema no mercado de trabalho de todo o mundo antes da pandemia. Agora, ativistas se preocupam com a possibilidade de que a situação se agrave.

         “É algo que já está me incomodando”, diz Ros Altmann, que foi ministra de pensões no governo britânico.

         O coronavírus reforçou a ideia de que os mais velhos são vulneráveis. Algumas pandemias anteriores atingiram primordialmente jovens —os surtos de poliomielite da década de 1950 afetaram principalmente crianças, e a gripe espanhola de 1918-1919 matou milhões de jovens adultos—, mas a Covid-19 é mais letal para pessoas acima de 60 anos.

         Nos Estados Unidos, mais de 80% daqueles que morreram de Covid-19 tinham mais de 65 anos, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês). No Brasil, até 19 de junho, pessoas com 60 anos ou mais representavam 71% das mortes pela doença, segundo o Ministério da Saúde.

         No Reino Unido, o governo aconselhou distanciamento social rigoroso para quem está acima de 70 anos, “independentemente de suas condições médicas”.

         “As medidas são vendidas como um esforço para proteger os velhinhos”, diz Altmann, acrescentando que não faz sentido diferenciar faixas etárias dessa maneira.

         A ênfase na vulnerabilidade dos mais velhos representa uma mudança de foco: no mundo pré-pandemia, especialistas afirmavam que, como muita gente estava vivendo mais e melhor, era preciso encontrar jeitos de essas pessoas produzirem por mais tempo.

         Em seu livro “The 100 Year Life” (a vida de cem anos), os pesquisadores Lynda Gratton e Andrew Scott dizem às pessoas de 60 anos que muitas delas ainda têm um terço de suas vidas pela frente e que deveriam pensar em trabalhar por mais alguns anos.

         “Se existe uma palavra que precisa ser aposentada, é aposentadoria”, escreveu Don Ezra, especialista no tema, em artigo para o Financial Times.

         Os pesquisadores já viam a longevidade como um desafio para a sociedade, porque sempre houve o risco de muitos não terem renda para se manter por tantas décadas.

         A pandemia de Covid-19 não vai mudar esse cenário. Embora as mortes causadas pela doença sejam altas entre os mais velhos, essa população continuará sendo parte de uma questão mal resolvida em muitos países. Vão surgir novas preocupações sobre como bancar as aposentadorias e impedir que os mais velhos caiam na pobreza.

         Nos últimos anos, as políticas para lidar com o assunto vêm sendo claras: as pessoas precisam trabalhar por mais anos, explica Yvonne Sonsino, codiretora do Next Stage, projeto da consultoria Mercer que explora as implicações da longevidade no trabalho.

         A idade mínima para receber aposentadoria foi aumentada. A dificuldade agora, para os mais velhos, é que eles estarão disputando empregos —ou tentando manter os que já têm— em um período de desemprego em massa.

         Nos EUA, o desemprego chegou a 14,7%, a marca mais alta desde a Segunda Guerra Mundial. No Reino Unido, o número de pessoas que solicitaram seguro-desemprego subiu 69% entre março e abril, para 2,1 milhões.

         A taxa de desocupação no Brasil está em 12,6% e 3,6 milhões de pessoas solicitaram o seguro-desemprego desde o começo do ano do ano no país, aumento de 14,2% sobre o mesmo período de 2019.

         As empresas vão continuar a cortar custos trabalhistas, e seus trabalhadores mais velhos serão alvos fáceis. Quando as pessoas tiverem de batalhar para manter seus empregos, será que surgirão conflitos entre as gerações?

         “Realmente nos preocupamos com isso”, diz Sonsino. Também há o risco de que os empregadores venham a se entrincheirar mais na postura de discriminação por idade.

         As mesmas atitudes prevalecem em todos os países? Sonsino diz que, em seu trabalho, constatou que o respeito pela idade tende a crescer “quanto mais ao oriente você estiver”.

         Joan Costa-Font, professor da London School of Economics, escreveu que “embora muitos países asiáticos reportem percepções mais positivas sobre as pessoas mais velhas, em muitas sociedades ocidentais observamos um certo nível de ‘aversão à idade’, com indivíduos elogiando estereótipos de juventude e as pessoas mais velhas fingindo serem mais jovens para evitar os efeitos do preconceito”.

         Mas Sonsino diz ver pouca diferença em termos de emprego: práticas de discriminação por idade são encontradas no mundo inteiro.

         Poucas empresas mantêm dados sobre o papel da idade no recrutamento, concessão de bonificações e treinamento, ao contrário do que agora acontece com relação a gênero, por exemplo.

         “A idade com certeza é o último bastião da discriminação a ser contestado”, ela diz.
O que os empregadores preocupados com essa questão podem fazer? “Julgar os trabalhadores com base em sua competência e experiência”, diz Altmann.

         “É preciso ter justificação objetiva para forçar alguém a se aposentar”, continua. Se um trabalhador de 65 anos de idade é melhor no posto do que um trabalhador de 50, por que não manter o trabalhador de 65 anos?

         Em lugar de falar com os funcionários sobre aposentadoria, ela recomenda discussões sobre pré-aposentadoria, que poderiam envolver redução na jornada de trabalho ou postos compartilhados.

         Isso reflete o pensamento de muitos especialistas antes do coronavírus: as organizações devem adotar práticas flexíveis para todas as idades. O trabalho remoto, que foi adotado à força durante a pandemia, oferece indicações claras de que nem sempre é preciso estar no escritório.

         Altman sugere que os trabalhadores não sejam definidos como idosos. Que palavra ela preferiria? “Sênior, maduro ou apenas pessoa. Que importa a idade que o funcionário tem?”, diz. (do Financial Times/Folha de S. Paulo)

A triste cerimônia do adeus

A vida não é a mesma

depois da morte de um amigo.

O luto que devemos enfrentar requer um minucioso processo de reconstrução, esmagador e doloroso. Isso se deve ao fato de que muitas vezes esse amigo de alma é a única pessoa com quem nos abríamos emocionalmente e com quem a realidade era muito mais intensa, enriquecedora e completa.

Cada perda que enfrentamos

é única e excepcional.

        Sabemos, por exemplo, que nossos pais nos deixarão algum dia e que esse vazio será desolador, mas quase ninguém está preparado para isso e ainda menos para assumir que a fatalidade, o lado obscuro do destino, pode levar um amigo ou uma amiga com quem podemos traduzir em palavras as ideias mais tolas de nossas mentes.

        Harold Ivan Smith é um autor especializado nesse tipo de luto, nessa reconstrução emocional e cognitiva que pode superar qualquer perda. No entanto, um dos seus livros mais conhecidos é “Grieving the Death of a Friend” (Luto pela morte de um amigo). Assim como nos explica o próprio especialista, perder uma amizade de forma traumática, para muitas pessoas, é sinônimo de ter que dizer adeus à única coisa autêntica, sincera e gratificante de suas vidas.

O adeus a um amigo(a)

        Sabemos que não somos mais do que breves passageiros nesse mundo caprichoso, maravilhoso e, por vezes, terrivelmente cruel. Tudo o que tínhamos como certeza pode vir abaixo como um castelo de cartas de um dia para o outro. Às vezes é um acidente, e em outras ocasiões uma doença terminal que nos obriga a ver como a nossa pessoa querida se apaga aos poucos numa dura batalha.

Ter que dar  adeus a um amigo ou a uma amiga é algo que não se ensina.

        É como perder a metade de si e ficar órfão.Vamos tateando no escuro sabendo que não haverá mais ligações, jantares, escapadas, cafés depois do trabalho, livros para compartilhar, filmes para comentar e problemas para desabafar entre risos e lágrimas.

        Um fato que também devemos ter em mente é que uma parte da população que geralmente se vê afetada pela morte de um amigo são os adolescentes. Segundo um artigo publicado pela revista “All Psychology Careers”, quase 40% dos jovens perderam um amigo ou uma amiga.

        O mais complexo dessa realidade é que, no geral, são perdas muito traumáticas. Temos que considerar a elevada taxa de suicídios que estão ocorrendo entre os jovens, ações devastadoras que têm um forte impacto em nossos filhos e filhas. Vistas essas realidades, é preciso que sejamos muito intuitivos, receptivos e hábeis na hora de lhes oferecer apoio para administrar essas situações.

Estratégias para enfrentar a perda de um amigo

        Como afirma Harold Ivan Smith no seu livro “Luto pela morte de um amigo”, uma das chaves para assumir pouco a pouco a perda desse ser querido é o movimento. Longe de ficarmos quietos, paralisados pelo impacto dessa ferida, é imprescindível sermos capazes de chorar, desabafar, recordar, voltar aos lugares onde rimos e fomos felizes, retomar hábitos e integrar todas essas lembranças enquanto nos permitimos nos abrir de novo ao mundo.

        É preciso ter bem claro, também, que cada um de nós enfrentará o luto de um modo distinto, de acordo com suas particularidades. Alguns reagirão com uma grande liberação emocional, outros, no entanto, levarão um pouco mais de tempo e optarão pelo silêncio, por uma necessidade de solidão mais profunda.

        O tempo e suas agulhas vão costurando esses pedaços vitais tão dolorosos em seu próprio ritmo.

Chaves para o luto de uma amizade

  • Reconheça sua dor: é importante ter plena consciência do que essa perda representa, reconhecer que vamos precisar de um tempo de recolhimento para absorver o fato acontecido, para aceitar o vazio, a ausência… Permita que sua família o apoie nesse luto e, por sua vez, converse com a família de seu amigo para lembrar-lhes quem ele ou ela foi para você. Dessa maneira, facilita-se o descarregar das emoções.
  • Focalize sua lembrança nos instantes felizes, evite reforçar os momentos mais traumáticos. Permita que essa amizade e essa lembrança sejam um presente para conservar, para honrar todos os dias voltando a esses instantes de cumplicidade e deixando que a pessoa que se foi faça parte de você, enquanto você volta novamente à vida.
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  • Volte às suas obrigações, mas introduza novos costumes. Queiramos ou não, vamos começar uma nova etapa, completamente diferente. Voltaremos às nossas ocupações de sempre, mas algo que pode ser positivo é iniciar outros hábitos, a partir dos quais poderemos conhecer mais pessoas, criar expectativas outra vez enquanto deixamos que em nosso coração durma para sempre essa amizade que já é parte do nosso ser, parte de nossa essência pessoal para sempre.

Esse amigo de alma agora é a nossa lembrança, nossa memória e essa outra metade que sorri para nós de um lugar mais sereno, desejando-nos o melhor.

Proteja a audição para poupar o cérebro

Proteja a audição para proteger o cérebro

       Um novo estudo revela que as dificuldades cognitivas em idosos (falta de concentração, de memória, de aprendizado, indecisões) começam na fase inicial da perda de audição – quando  ela ainda é considerada normal.  Veja o que você pode fazer para prevenir ou interromper esse processo.

       O estudo mostra que os adultos com perda de audição relacionada à idade apresentam índices mais elevados de declínio cognitivo. Pesquisadores do Colégio de Clínicos e Cirurgiões da Universidade Vagelo, Colúmbia, descobriram que mesmo no estágio mais inicial da perda de audição – quando ela ainda é considerada normal – está legada ao declínio cognitivo.

       Perda de audição com a idade é uma das mais comuns enfermidades dessa população, afetando dois terços dos que têm acima de 70 anos. No entanto, poucos se submetem a testes ou são tratados. Apenas 14% dos que têm o problema Estados Unidos usam aparelhos auditivos, que constituem o tratamento-padrão.

       Pelo fato de a perda de audição resultar em distúrbio cognitivo, se convencionou que isto é uma realidade. Porém os estudos examinaram só os que têm esse diagnóstico, assim definindo as pessoas impossibilitadas de ouvir sons abaixo dos 25 decibéis (dB).
       “Especialistas utilizam esta medida – que equivale ao volume de um sussurro – para estabelecer os limites entre a audição normal e a perda suave do sentido. Este padrão, porém, é arbitrário,” diz o dr. Justin S. Golub, professor assistente de otolaringologia, Cabeça e Pescoço da Universidade Columbia e do Hospital Presbiteriano de Nova York. “Considera-se que as dificuldades cognitivas só aparecem quando o doente ultrapassa tal barreira, embora não se possa definir isso como definitivo”.

       Enfim, toda perda de audição merece cuidadoso tratamento. Os pesquisadores reuniram dados de 6.451 adultos (com média de 59 anos de idade), que foram listados em dois diferentes estudos separados por fatores étnicos e epidemiológicos. Os indivíduos foram submetidos a testes de audição e de acurácia cognitiva.

       O dr. Golub e colegas descobriram que a cada diminuição sonora de 10 dB há evidente diminuição da capacidade de cognição – fenômeno registrado em todo o espectro do estudo.

       Surpreendentemente, a diminuição mais significativa ocorria entre os que estavam perdendo a acurácia cognitiva apenas pouco abaixo dos 10 dB da marca ideal.

       “Muitos acham que podem seguir suas vidas muito bem sem qualquer tratamento para a perda de audição”, diz o dr. Golub.” Mas essa perda nunca é benigna. Ela tem sido associada a isolamento social, depressão e demência. Deve ser tratada o quanto antes”.

       A pesquisa da Universidade Columbia não tinha como objetivo tornar óbvia a correlação entre a audição diminuída e a acurácia mental. É possível que o declínio prematuro nessas duas capacidades fosse próprio dos processos de envelhecimento – notaram os pesquisadores.

       “Mas também é possível que pessoas que não ouvem bem tendem a se socializar menos e, como resultado, sejam menos estimuladas a boas conversações. Com o tempo, isso pode representar um impacto negativo para o cérebro”, diz o dr. Golub. Pelo sim e pelo não, prevenir ou tratar a perda de audição pode reduzir a incidência de demência em cerca de 10%, segundo análise publicada recentemente pelo The Lancet.”

Ancoradouro seguro

Não é ao jovem que se deve considerar feliz e invejável, mas ao ancião que viveu uma bela vida. O jovem, na flor da juventude, é instável e é arrastado em todas as direções pela fortuna; ao contrário, o velho ancorou na velhice como em um porto seguro e os bens que antes esperou cheio de ansiedade e de dúvida os possui agora cingidos com firme e agradecida lembrança. (Epicuro, 1973, p. 28)

Coisas boas que ninguém te diz sobre envelhecer

 

            Não adianta ter idade se com ela você não ficar mais astuto, nem deixar de lado a ideia de que envelhecer significa o fim do mundo, mas, em vez disto, entender que a vida é uma jornada com lições e experiências recheadas de êxitos e fracassos.         

            O que  ninguém te diz é que esse acúmulo de conhecimentos – e como utilizá-los – transforma esses anos tardios  em “anos de ouro” porque, ao envelhecer, você ganha novas divisas, como as dos militares. Se estas, porém, não forem usadas para o bem, então você não terá compreendido o que é envelhecer.     

            Veja onze coisas boas que ninguém te diz sobre envelhecer.

1. Você não precisa estar sempre certo(a).

            Lembra que, quando você era jovem, era tão importante estar certo(a)? Bem, com o passar dos anos, nós começamos a entender que estar certo não é tão importante quanto ouvir e avaliar todos os lados de um argumento, mesmo que você não concorde com o ponto de vista do outro. Nós começamos a entender que muitas vezes é melhor perder algumas batalhas para, no final, vencer a guerra.

2. Você aprende a não julgar.

No mundo ocidental, cedo aprendemos a desejar os bens materiais e a lutar para tê-los. Embora isto não seja necessariamente mau, tais coisas muitas vezes vêm acompanhadas de inveja e ciúme. Somos tentados a julgar os outros por seus bens materiais em vez de vê-los como são como pessoas. Quando envelhecemos, as “coisas” se tornam menos importantes do que as pessoas e os relacionamentos. Também aprendemos a não julgar, e aceitar as pessoas como são.

3. Você passa a querer menos coisas

Acumulamos tantas “coisas” na caminhada pela vida, repetidas e em quantidade muito maior do que precisamos. Ao envelhecermos começamos a perceber que frequentemente menos é mais. Entendemos então que não precisamos nos cercar de tantos bens materiais.

4, Você confia mais nas próprias decisões.

É verdade que a idade nos torna mais sábios. E também mais confiantes. Por que? Porque acumulamos Experiência (com letras maiúsculas), e as lições que já aprendemos são úteis quando se trata de decidir. Sim, podemos cometer erros, mas aprendemos com eles, que se transformam em confiança inata nas futuras decisões.

 

5. Seus filhos tornam-se seus amigos.

É difícil pensar em nossos filhos como amigos quando eles dependem de nós ou quando ainda são rebeldes ou mesmo quando nos detestam na adolescência. O que ninguém nos conta é que quando se tornam adultos, passam a cultivar sonhos e nós ocupamos papéis diferentes em suas vidas. As crianças, assim, voltam para casa e passam a agir como indivíduos e como nossos amigos.

6. Você entende, afinal, que não adiantapha143000076 dizer aos outros o que fazer.

Em algum estágio de sua vida você deve ter sentido que seria urgente oferecer conselhos não solicitados e que estaria fazendo um favor a alguém. Com uma certa idade, chega a hora em que você percebe que não vale a pena  dizer aos outros o que fazer, nem que seja legal ouvir conselho que você não pediu. O que é uma ideia legal, no entanto, é que alguém plante uma semente que o faça raciocinar e encontrar por você mesmo a resposta certa;

7. Você aprende que rugas devem ser exibidas com orgulho.

Para mulheres, especialmente, o surgimento das primeiras rugas provoca tristeza, pois nos anos de juventude, um rosto livre de rugas é falsamente visto como pré-requisito de beleza por nossa sociedade centrada na juventude. Mais tarde, entendemos que somos felizes por envelhecermos e que as rugas são testemunhas de nossa experiência. Mostram que percorremos com sucesso os altos e baixos da vida. Rugas expressam cada dia de nossa vida. Cada uma conta uma história.

8. Você se torna capaz de tratar a família com respeito incondicional.

Nossos pais, embora os amemos, nos deixaram loucos em algum momento, e para alguns de nós, com os próprios filhos, o mesmo padrão se repetiu. Quando envelhecemos aprendemos como tratar nossas mães e pais, com respeito, e ter paciência quando eles se tornam bem idosos, porque adquirimos compreensão em relação às provas e tribulações pelas quais passaram no processo de envelhecimento.

9. Tudo bem fazer-se passar por bobo novamente.

Quando crianças, nós nos divertíamos e fazíamos palhaçadas sem pensar muito no que os outros pensavam de nós. Depois o ego se desenvolveu, a consciência tomou o timão de nossos atos e passamos a controlar a criança interior e abafamos nossa parte idiossincrática que antigamente nos fez tão espontâneo. Quando atingimos certa idade, passa a ser menos importante o que outros pensam e não nos tomarmos tão a sério tornou-se uma opção novamente.

10. Você aprende a não criticar.

Ao envelhecermos, aprendemos o pouco valor que críticas a alguém  nos dão. Se devemos dizer algo, é muito melhor que seja positivo do que se ocupar com o negativo. Na meia idade aprendemos por tentativas e erros que afirmações positivas nos deixam em uma posição muito melhor.

11. Você se torna grato por envelhecer.

Nem todo mundo envelhece. Muitos morrem antes do tempo ou ainda na infância. A idade traz consigo a gratidão e a consciência de que cada ano vivido é um privilégio. E ser grato torna-se um ritual que fortalece nossas vidas de forma positiva.

 

A Oração de Clarice

“Faze com que eu sinta que a morte não existe porque na verdade já estamos na eternidade, faze com que eu sinta que amar é não morrer, que a entrega de si mesmo não significa a morte, faze com que eu sinta uma alegria modesta e diária, faze com que eu não Te indague demais, porque a resposta seria tão misteriosa quanto a pergunta, faze com que me lembre de que também não há explicação porque um filho quer o beijo de sua mãe e no entanto ele quer e no entanto o beijo é perfeito, faze com que eu receba o mundo sem receio, pois para esse mundo incompreensível eu fui criada e eu mesma também incompreensível, então é que há uma conexão entre esse mistério do mundo e o nosso, mas essa conexão não é clara para nós enquanto quisermos entendê-la, abençoa-me para que eu viva com alegria o pão que eu como, o sono que durmo, faze com que eu tenha caridade por mim mesma pois senão não poderei sentir que Deus me amou, faze com que eu perca o pudor de desejar que na hora de minha morte haja uma mão humana amada para apertar a minha, amém”.
Clarice Lispector, em Luminescência, texto da obra “Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres” (1969).

Ótimas atividades para aposentados

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Buscando boas ideias de atividades para sêniores?

Há todo tipo de possibilidades. Aqui vão algumas ideias interessantes para qualquer orçamento, acompanhadas de links, abaixo, que indicam mais opções.

Quando meu pai veio viver comigo, ele já estava aposentado há muito tempo. Tinha problemas sérios de visão e audição, por isso não podia participar de muitas atividades sem auxílio. Assim, me pus a buscar novas opções de ações para aposentados, pensando não só nele, mas até para mim, no futuro. Além disso, muitos dos meus amigos também já começavam a se aposentar.

O que eu gostaria de fazer quando me aposentasse? Como eu ficasse muito em casa para cuidar de meu pai em tempo integral, eu já me sentia mesmo meio aposentado. Eu fazia meu trabalho profissional de casa e queria continuar trabalhando após a aposentadoria. Assim, descobri algumas maneiras diferentes do que fazer.

Eis algumas das coisas que encontrei:

Escolha ideias de atividades que o deixem ocupado, com a mente ativa, mesmo com pequenas coisas.

Não fique parado.  Mantenha-se  motivado a fazer algo novo. (Meu pai com certeza teve de fazer isto quando perdeu quase toda a visão e audição). Ou estabeleça uma meta a ser alcançada. Não há nada que se compare a uma meta, mesmo que pequena, para despertar a imaginação.

O tipo de atividade que você escolherá depende de fatores como interesse, saúde física, mobilidade, saúde mental, orçamento etc. Mas quaisquer que sejam as circunstâncias, há muita ação para se escolher.

Atividades ao ar livre

Desligue a TV e saia! Você pode argumentar: “Eu não sou rueiro”, mas isso não é desculpa. Saia e respire um pouco de ar puro. É fácil simplesmente dar uma volta pelo quarteirão ou ir a um clube nas redondezas e se perguntar o que você poderia fazer ao ar livre.

  • Se você não tiver um jardim ou quintal, pode usar qualquer boa área defronte à sua janela favorita, levar para lá uma mesa estilo jardim, algumas cadeiras, plantas em vasos ou penduradas, um mobile. Seu “jardim interno” terá várias utilidades além da aparência de um jardim dentro de casa.
  • Se tiver jardim ou quintal, crie um recanto florestal, mesmo que pequeno, ainda que seja numa floreira de janela. Uma estufa pode ajudá-la a escolher algumas espécies de plantas e flores fáceis de cuidar. Talvez um bonsai?
  •  Se for possível, entre para um clube. É muito mais divertido participar de atividades com outros idosos ou pessoas de todas as idade. Assim, será mais fácil dar continuidade a seus esforços. Jardinagem, caminhadas ou mesmo ciclismo são atividades ideais. Algo de que você sempre gostou, ou então alguma coisa nova para experimentar. Do tipo pescar ou navegar, ou ambos. Meu pai chegou a fazer esqui aquático aos 84 anos!
  • Exercícios para idosos preenchem o tempo e, claro, são importantes para manutenção em funcionamento das articulações, dos ossos e do coração forte. Que tal uma bicicleta? Há programas para idosos com esta atividade tão saudável!
  • Ou talvez apenas a prática de caminhadas. Muitos médicos consideram ser esta, entre todas, a melhor atividade para idosos. O médico de meu pai incentivou-o a caminhar todos os dias, mesmo quando ele já tinha mais de 90 anos.
  • Planeje fazer piqueniques e festas ao ar livre. Elas podem ser combinadas com outras celebrações –ciclismo, caminhadas, jardinagem, reuniões de grupos. Se você não tiver um cachorro, ajude um amigo que tenha um e leve o animal para passear regularmente.

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