Basta que você visite alguma comunidade de aposentados ativos, das muitas espalhadas pelos Estados Unidos e outros países, e você ficará abismado com a quantidade de gente passando com carrinhos de golfe em vez de cadeirantes empurrados por cuidadores. Se você não se afastar rapidamente do trajeto desses animados golfistas, pode ser até atropelado por algum deles, já que este não é aquele velho asilo onde vivia seu avô.
As comunidades de aposentados atuais são tão populares como a Beatlemania de 1964, pois todos os seus integrantes conhecem de cor a letra de Love Me Do. Não será surpresa vê-los divertindo-se com Karaokê, já que muitos adultos com mais de 55 anos vivem ali os melhores momentos de suas vidas. Seu estilo de vida reflete toda essa energia descrita.
As comunidades para adultos ativos impõem restrições quanto à idade e estão geralmente localizadas nas proximidades de áreas metropolitanas ou seus subúrbios. A idade mínima para estar ali é de 55 anos. Algumas exigem que os proprietários tenham 62 anos ou mais, e que todos os ocupantes tenham pelo menos a mesma idade. Passando por ali de carro, você poderia pensar que esta é apenas outra subdivisão até que olhe mais de perto.
Você ficará surpreso de ver como elas são agradáveis. Muitas são cercadas e particulares. As casas se alinham próximas umas das outras, em terrenos não muito espaçosos – o que significa menos trabalho com o quintal. As plantas das casas obedecem a estilos consagrados, de forma que se parecem umas com as outras. Quase todas são dotadas de serviços e amenidades.
Amenidades. Nessas comunidades, os proprietários mantêm uma associação que cuida de limpeza e manutenção. Parte dos recursos da associação sustentam amenidades como um clube dos moradores, campo de golfe com dezoito buracos, bibliotecas, centros de fitness, piscinas e spas, centros de arte e artesanato, bilhares, quadras de tênis e de basquete, educação continuada, pistas para bicicletas, centros de mídia eletrônica, salão de festas e bailes, restaurantes e jogos,
A lista não tem fim e só é limitada pela imaginação. A aposentadoria é tempo de se distrair e, para muitos, de experimentar atividades e trabalhos importantes. Os idosos sabem como se divertir e aproveitar os benefícios sociais oferecidos pelo fato de estarem cercados de amigos que gostam de fazer o mesmo que eles.
Os benefícios para quem vive nelas
Qual o sentido de se mudar de uma casa perfeitamente confortável, que o serviu por uma década ou mais, para uma comunidade de aposentados, cheia de estranhos? Há muitos benefícios que atraem idosos para elas.
• Casas térreas. Um único andar significa que aqueles que têm problemas nos joelhos ou dores nos ossos não precisam subir escadas. As casas, além disto, são acessíveis a cadeiras de rodas.
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• Vizinhança calma. Seus vizinhos certamente não serão adolescentes que gritam e praticam skate. São como você. Eles gostam de ler, cuidar do jardim, entreter-se e viajar, entre centenas de outros hobbies e interesses.
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Quase nenhum trabalho com a casa. A associação de moradores corta a grama, molha as plantas, poda árvores, varre as calçadas e, se for preciso, remove gelo e neve.
• Vida de resort. Os equipamentos de diversão estão a poucos passos das casas ou não muito distantes, com transporte incluído. Frequentemente, não há necessidade de se deslocar muito quando a atividade desejada se situa dentro da comunidade.
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• Lazer e trabalho. Muitos dos sêniores da atualidade não desejam viver 100% para se divertir e descansar. Querem continuar trabalhando, talvez iniciar uma nova carreira. Por isso, as casas das comunidades geralmente incluem na planta um escritório, um canto silencioso ou um local de trabalho separado. (Sebastião Aguiar)