A importância do ombro amigo

 

 

  • Não tente achar palavras mágicas ou fórmulas para eliminar a dor de um amigo(a).

Nada é capaz de apagar ou minimizar a dolorosa tragédia da morte de um amigo ou ente querido. Nessas ocasiões, quem deseja ajudar deve se contentar em só “estar ali”. Não precisa se preocupar com o que dizer ou fazer, apenas em ser uma presença que pode oferecer “um ombro  amigo”, quando necessário.

  • Não tente consolar ou fazer a pessoa que está sofrendo se sentir melhor.

Quando gostamos de alguém, detestamos vê-lo(a) sofrer. Costumamos dizer coisas como “Sei como você se sente” ou “Talvez tenha sido melhor assim”, na esperança de tornar menor o sofrimento de quem queremos consolar. Se isto pode funcionar em outros casos, não funciona nas situações de luto.

  • Ajude nas tarefas.
    Embora a existência de alguém tenha terminado, a vida continua. Algumas das melhores maneiras de ajudar seja organizar os ambientes, preparar alimentos, cuidar de crianças, pôr roupas na máquina de lavar – enfim, nas ações comuns de manutenção de uma casa.
  • Não espere que a pessoa procure por você.

Muita gente diz: “Me chame se houver algo que eu possa fazer”. Mas a verdade é que alguém vivendo luto muito recente sentir-se-á atordoada até mesmo para dar um telefonema.  Quando você se aproximar dela, apenas fique ali e comece a ajudar. Ela precisa da ajuda, mas não tem a energia para pedir.

  • A dificuldade de tomar decisões.

Ao desenvolverem suas atividades, muitos dos que sofrem com o luto indicam que sentem dificuldade em tomar decisões. Então, seja um ponto de apoio para essas pessoas e ajude-as a tomar as decisão de que precisam.

  • Não tenha medo de dizer o nome do falecido (a).

Quem perdeu um ente querido geralmente fala dele com muita frequência – e, acredite ou não, precisa ouvir o nome do morto (a) e das lembranças que ele(a) deixou. De fato, muitas pessoas nessa situação gostam quando isto acontece.

  • Lembre-se de que o tempo não cura todas as feridas.

Seu amigo ou ente querido vai mudar por causa do que lhe aconteceu. O luto de cada um é muito diferente. Alguns ficarão “bem” e só sentirão o luto, de fato, um ano depois. Outros sofrem imediatamente. Não há receita nem regra. Tenha paciência.

  • Aconselhe quem está de luto a cuidar de si mesmo.

Alimentar-se, repousar e cuidar de si são tarefas difíceis para quem está de luto recente. Você pode ajudar estocando alimentos saudáveis na casa dele(a) ou comida pré-preparada para facilitar as refeições. Ajude na lavagem de roupas. Assuma algumas funções para que o enlutado possa descansar. Mas não o force a fazer algumas coisas para as quais ele possa não estar pronto. Alguns auxiliares se queixam: “Só queria que ele fizesse o que indico”. Embora pareça desagradável ver o amigo se afastar das pessoas e atividades, isto é normal. Eles voltarão quando estiverem prontos.

  • Não julgue.

Não diga à pessoa como reagir ou lidar com a situação ou com as emoções. Apenas faça-o saber que você apoia suas decisões e que o ajudará da forma que puder.

  • Faça uma lista com tudo o que precisa ser feito por seu amigo.

Isto pode incluir tudo, do pagamento de contas à necessidade de aguar as plantas. Priorize as tarefas por importância. Ajude o amigo(a) a completar todas as tarefas. Se se tratar de muitas responsabilidades, encontre outros amigos para ajudar.

  • Faça um compromisso com você mesmo de acompanhar o amigo até que ele supere a situação.

Depois do evento da morte, muitas amizades “murcham” ou se desintegram. Algumas pessoas ficam inseguras em como se relacionar com alguém de luto ou se cansam de estar perto de alguém sempre triste. Jure que não abandonará seu amigo(a) até que ele saia dessa, de ser uma âncora nos seus dias mais escuros.